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Orgulho e Preconceito

Há livros que nos cativam antes que tenhamos tempo para reflectir sobre eles. Orgulho e Preconceito, de Jane Austen (e que eu me envergonho de só ter lido este Natal) é o perfeito exemplo.
Publicado em 1813 (e escrito uns anos antes), este livro cujo título original teria sido “Primeiras Impressões” é intemporal na sua reflexão madura de que as primeiras impressões, os juízos de valor que temos e fazemos uns dos outros podem ser tão injustos quanto absolutamente falaciosos.
Esta obra-prima do século XVIII, não é uma história de amor, mas a história de um amor que à primeira vista, como bem escreveu Marilyn Butler, não foi mais do que ódio. E a moral desta história é que tanto o amor à primeira vista, como o ódio, como qualquer outro sentimento suscitado sem que conheçamos de facto o outro não é senão uma impressão passageira, uma tentativa displicente de vermos os outros, de os classificarmos e permitirmo-nos a nós mesmos ser classificados por eles.
E eu, que amei à primeira vista e reconheço o ritmo acelerado dos tempos actuais e de forma alguma os questiono neste contexto, continuo a amar, à milionésima vista. Por isso, imagino Elizabeth e Darcy caminhando unidos em linhas paralelas que em teoria nunca se encontram mas que na prática estão sobrepostas em desejos, ânsias e sonhos e por isso se intersectam em todos os pontos.


"Orgulho e Preconceito é, sem dúvida, uma das obras em que melhor se pode descobrir a personalidade literária de Jane Austen.

Com o fino poder de observação que lhe era peculiar, a autora dá-nos um retrato impressionante do que era o mundo da pequena burguesia inglesa do seu tempo: um mundo dominado pela mesquinhez do interesse, pelo orgulho e preconceitos de classe.

Esses orgulhos e preconceitos que, no romance, acabam por ceder o passo a outras razões com bem mais fundas raízes no coração humano."

Codex 632

Uma mensagem enigmática foi encontrada por entre os papéis que um velho historiador deixara no Rio de Janeiro antes de morrer.

MOLOC
NINUNDIA OMASTOOS

Tomás Noronha, professor de História da Universidade Nova de Lisboa e perito em criptanálise e línguas antigas, foi contratado para descodificar esta estranha cifra. Mas o mistério que ela encerrava revelou-se para além da sua imaginação, lançando-o inesperadamente na pista do mais bem guardado segredo dos Descobrimentos: a verdadeira identidade e missão de Cristóvão Colombo.
Baseado em documentos históricos genuínos, O Codex 632 transporta-nos numa surpreendente viagem pelo tempo, uma aventura repleta de enigmas e mitos, segredos encobertos e pistas misteriosas, aparências enganadoras e factos silenciados, um autêntico jogo de espelhos onde a ilusão disfarça o real para dissimular a verdade.

«Tomás apercebeu-se de uma folha solta, duas linhas firmes, quatro palavras redigidas com inusitado cuidado, as letras rabiscadas em maiúsculas, pareciam rasgar o papel, a caligrafia revelando contornos obscuros, insinuantes, como se encerrasse uma arcaica fórmula mágica, criada por antigos druidas e esquecida na névoa dos séculos. Quase irreflectidamente, sem saber bem porquê, como se obedecesse a um velho instinto de historiador, aquele sexto sentido de rato de biblioteca habituado ao mofo poeirento dos velhos manuscritos, inclinou-se sobre a folha e cheirou-a; sentiu emergir dali um odor arcano, um aroma secreto, uma fragrância transportada por um mensageiro do tempo. Como um encantamento esotérico, que nada revela e tudo sugere, aquelas palavras indecifráveis exalavam o enigmático perfume do mistério:
MOLOC
NINUNDIA OMASTOOS.»
Fonte: Gradiva

Jornalista?

"Em segredo, o Alto Comando alemão preparava um ataque decisivo, uma ofensiva tão devastadora que lhe permitiria vencer a guerra num só golpe, e tencionava quebrar a linha de defesa dos aliados num pequeno sector do vale do Lys. O sítio onde estavam os portugueses.
Tendo como pano de fundo o cenário trágico da participação de Portugal na Grande Guerra, A Filha do Capitão traz-nos a comovente história de uma paixão impossível e, num ritmo vivo e empolgante, assinala o regresso do grande romance às letras portuguesas.
O Capitão Afonso Brandão mudou a sua vida quase sem o saber, numa fria noite de boleto, ao prender o olhar numa bela francesa de olhos verdes e voz de mel. O oficial comandava uma companhia da Brigada do Minho e estava havia apenas dois meses nas trincheiras da Flandres quando, durante o período de descanso, decidiu ir pernoitar a um castelo perto de Armentières. Conheceu aí uma deslumbrante baronesa e entre eles nasceu uma atracção irresistível.
Mas o seu amor iria enfrentar um duro teste. O Alto Comando alemão, reunido em segredo em Mons, decidiu que chegara a hora de lançar a grande ofensiva para derrotar os aliados e ganhar a guerra, e escolheu o vale do Lys como palco do ataque final. À sua espera, ignorando o terrível cataclismo prestes a desabar sobre si, estava o Corpo Expedicionário Português.
Decorrendo durante a odisseia trágica da participação portuguesa na Primeira Guerra Mundial, A Filha do Capitão conta-nos a inesquecível aventura de um punhado de soldados nas trincheiras da Flandres e traz-nos uma paixão impossível entre um oficial português e uma bonita francesa. Mais do que uma simples história de amor, esta é uma comovente narrativa sobre a amizade, mas também sobre a vida e sobre a morte, sobre Deus e a condição humana, a arte e a ciência, o acaso e o destino."
Fonte: Gradiva


Espirros, capacete, marmelada, terrina... (um tributo a Albus Dumbledore)
Seis dos sete livros planeados já estão cá fora! No futuro, prevêm-se ataques de insanidade nas proximidades da data de lançamento do 7º livro. Meus inclusive...
A verdade é que para mim, os livros de J. K. Rowling são uma mistura de diversão, aventura, aconchego, amizade, ansiedade e, no fundo, representam o extravasar dos sonhos mais cândidos da infância de todos nós. Voar, castelos, mantos da invisibilidade, dragões, gigantes... e todo um mundo onde o mal existe e tem de ser combatido e onde tudo acontece por um motivo. Os pormenores intrincados da história de Harry Potter adensam-se a cada página lida, prendem o leitor num limiar oscilante de angustiante expectativa e parecem fazer vibrar a imaginação de quem a lê avidamente como se uma outra realidade ganhasse formas tridimensionais, quase palpáveis. O que mais admiro é que neste mundo inventado de encantamentos, feitiços e poções, não há o erro de se procurar a solução fácil para problemas tão mundanos como aqueles com que deparamos no dia a dia. Continua a dar-se a luta entre o bem e o mal, as tarefas, os trabalhos de casa e os caminhos tortuosos do crescimento.O universo de Harry Potter é um mundo paralelo àquele em que vivemos e é nisso que reside a sua tão deliciosa essência.
A foto é deste sítio!

As Nossas Capas

As Capas II


Fonte: Bloomsbury

As Capas I


Fonte: Bloomsbury

" Não existem lugares sagrados... Quando uma das noviças do convento é encontrada morta na capela o horror instala-se na comunidade. O sangue tinge os dias de medo e receio. A autópsia do corpo revela que a jovem freira tinha dado à luz recentemente. Maura Isles e Jane Rizzoli, a dupla de investigadoras, caem numa espiral de negros segredos que as levam aos meandros do fanatismo. O silêncio das antigas paredes do convento guarda uma verdade demasiado assustadora para ser revelada. Um arrepiante thriller de Tess Gerritsen."

Fonte: Circulo de Leitores

Um livro, um filme


Quando começou o burburinho em torno d’O Perfume – A História de Um Assassino e da sua adaptação para cinema, a minha alma de engenheira, torceu o nariz. Não imaginei que fosse possível concentrar na tela a imensidão de detalhes e pormenores que destacam ainda hoje, na minha memória, o Perfume do conjunto de livros lidos na pré-adolescência.
O livro de Patrick Süskind, escrito em 1985, é um colosso. E o filme não desaponta. No entanto, Jean Baptiste Grenouille que, no livro, recordo ser um personagem obnóxio é, no filme, obscuramente atraente. Ben Wisham dá a JBG um toque de sedução ingénua que lhe extravasa dos gestos ávidos. A cena em que JBG tenta extrair do corpo da primeira jovem o cheiro que se esvai com a morte é bela de tão desesperada, ou ao contrário.

Tom Tykwer é o cineasta que reconta a história de um rapaz que vive através dos odores que respira, sem distinguir os bons dos maus porque todos eles lhe ensinam o que ele julga haver para saber no mundo: as sensações, as formas, as cores e a química.

Para Grenouille e para o leitor/espectador a essência de cada um, a sua alma e o seu perfume, interligam-se num mesmo significado e fazem girar o enredo em busca do Santo Graal: o verdadeiro, puro e inocente amor.

As fotos tirei daqui e daqui.

M/W

Cassiopeia era esposa de Cefeu, rei da Etiópia, e mãe da princesa Andrômeda. A mitologia grega diz que era uma mulher muito vaidosa que disse ser tão bela quanto as Nereidas, filhas de Poseidon. Estas não se conformaram e pediram para que seu pai as vingasse. Então ele enviou um monstro marinho para destruir o reino de Cefeu. Para acalmar a ira do deus dos mares, um oráculo sugeriu que acorrentassem Andrômeda a um rochedo para que o monstro a devorasse. Cassiopéia foi transformada em constelação após a morte.
Retirado de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Cassiop%C3%A9ia_%28mitologia%29"

A mitologia não faz nem de longe nem de perto jus à minha muito querida Lady Mizar!

-Minha querida, eu não conheço as filhas de Poseidon, mas tenho a certeza que tu as "bates aos pontos".

Agora só posso esperar, para ver se não sou amarrada a nenhum rochedo!

M/W desta Alcor, que sem ti só poderia mesmo ter um fim triste!

P.C.

O primeiro livro de Patrícia Cornwell – Post Mortem – foi publicado em 1990. Eu tinha 9 anos. Passados 16 anos, a co-fundadora deste blog Miss Alcor convidou-me a entrar no mundo perigosamente atraente de Kay Scarpetta e Pete Marino.
Li, até à data em que escrevo e em menos de duas semanas, os três primeiros livros da série Scarpetta: Post Mortem, Corpo de Delito e Tudo o Que Resta. Pousando num e pegando no outro, logo de seguida, sem espaço para os outros 5 livros em fila de espera, na secretária.
Patricia Cornwell, na minha opinião, destaca-se da maioria dos livros policiais, tendo por este motivo revolucionado a escrita policial daí (1990) para a frente, no sentido em que nos apresenta o assassino dos seus livros, apenas no final, não deixando margem ao leitor para adivinhar quem é.
Eu gosto!
(E não tenho vergonha de o dizer!)
Love,
Mizar

Já comprei!

... o presente para oferecer à minha mãe no Dia Dela - 8 de Dezembro.
"A Mãe é uma figura omnipresente na vida de qualquer ser humano. Ela é o modelo, a inspiração, mas também muitas vezes a ausência, a dor, o abandono. Demonstrando o papel preponderante desta figura tão especial no nascimento, desenvolvimento e evolução humanas, reunimos neste volume os mais belos textos literários sobre a Mãe. Uma viagem não só pela escrita de diferentes autores, estilos e épocas, como pela diversidade dos significados que a maternidade pode assumir. De Camões a Florbela Espanca, de Eça de Queirós a António Nobre, de Victor Hugo a Baudelaire, de Oscar Wilde a Proust, de Fernando Pessoa a Mário de Sá-Carneiro, de Marguerite Duras a Herberto Helder, de José Agostinho Baptista a José Luís Peixoto, os escritores reunidos nesta antologia dão o seu contributo para a criação de um “panegírico mundial” à figura ímpar da Mãe. Porque, sem dúvida, o amor materno é o sentimento mais puro e genuíno e, como disse Balzac, “O coração de uma mãe é como um abismo no fundo do qual encontramos sempre perdão”. "

Fonte: 101 Noites

A Fotografia

Lady Mizar & Miss Alcor


Alcor e Mizar, encontraram-se como dois meteoritos da cintura de asteróides, numa fria noite de Dezembro, há quase dois anos.

Tal como o choque dos asteróides, esse encontro resultou em repercussões para a vida de ambas.

Irmãs Celestiais desde então resolveram procurar um ponto no céu que definisse a amizade que têm na terra. Mizar e Alcor foram as escolhidas. Mizar é um sistema estelar múltiplo constituido por quatro estrelas. Alcor é a que melhor se vê a olho nú.

Todas as noites é possível ver aquelas duas estrelas, sempre juntas no firmamento.

Tal como essas duas estrelas, Lady Mizar e Miss Alcor são irmãs celestiais, a viver não no firmamento mas no mundo caótico dos dias que correm. No entanto, vivem iluminadas por uma força maior, revelada todas as noites quando o sol se esconde no horizonte: as estrelas e a felicidade de um sonho.


"O cheiro era perceptível à distância. Pesadas gotas de chuva embatiam ruidosamente nas folhas mortas, o céu escuro como o do entardecer, àrvores despidas pelo inverno a ondular por entre o nevoeiro.
-Jesus! - Resmungou Marino, passando por cima de um tronco. -Devem estar podres. Não há cheiro como este. Faz-me lembrar sempre caranguejos de conserva.
-E vai piorando - anunciou Jay Morrel, que seguia na frente.
A lama preta agarrava-se aos nossos pés e de cada vez que Marino roçava por uma àrvore eu levava um duche de água gelada. (...). Por um instante não me mexi, observando apenas os corpos mirrados, quase descarnados, que tinha à minha frente. (...) Os corpos estavam deitados um ao lado do outro, de bruços, numa pequena clareira a cerca de oitocentos metros da lamacenta picada onde deixamos os nossos carros. Tal era o grau de decomposição que estavam parcialmente esqueletizados. Os ossos longos dos braços e pernas projectavam-se, como galhos cinzentos e sujos, das roupas apodrecidas e misturadas com folhas."

"Este novo caso começa com o desaparecimento de um jovem casal, cujos corpos só aparecem em estado de adiantada decomposição muitos meses mais tarde. Entretanto mais quatro jovens casais são encontrados mortos nas mesmas circunstâncias, em bosques quase impenetráveis. Ossos e alguns farrapos de roupa - e um valete de copas - é tudo o que resta. A intriga complica-se pelo facto de uma das jovens ser filha de Pat Harvey, uma mulher de considerável projecção pública em cruzada contra a droga, e com a intervenção do FBI, que esconde provas, ao que parece, para proteger alguém importante."

Fonte: Editorial Presença

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