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Depois de "1984" não podia deixar de ler o famoso "Triunfo dos Porcos", livro que me aconselharam a ler já vai para mais de 10 anos. Por uma ou outra razão, só o li a semana passada!

É um livro pequenino, que se lê muito rapidamente, e cuja leitura se devo recomendar sem qualquer hesitação.

Parece-me que é inato no Ser Humano, seja qual for a sua raça, idade ou educação, fazer o melhor para si, sem olhar duas vezes para os que o rodeiam. A História é prova disso. Todos os grandes ditadores convenceram o povo com ideias de melhor qualidade de vida, quando no fim todos acabaram por fazer o mesmo: eliminar aqueles que não concordavam com as suas ideias, bem como fazer propaganda para parecer que o estado nunca se contradizia e que se limitava a estar sempre certo.
O egoismo e egocentrismo do Ser Humano fazem com que este seja facilmente corruptível numa situação de poder, mesmo que afirme que tal não seja possível (e sempre considerando as devidas excepções, como tudo na vida!)

É neste sentido que "O Triunfo dos Porcos" é um livro maravilhoso, porque retrata com exactidão o resultado de todas as revoluções até à data, que apesar de começarem sempre sob o mesmo pretexto, acabam sempre da mesma maneira:

"Todos são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros"


Entretanto, Boas Leituras!


Em "Dia do Livro" terminei a leitura de um espantoso exemplar da literatura: "1984".

«Mil Novecentos e Oitenta e Quatro (título original Nineteen Eighty-Four) é o título de um romance escrito por Eric Arthur Blair sob o pseudónimo de George Orwell e publicado a 8 de Junho de 1949 que retrata o quotidiano numa sociedade totalitária. O título vem da inversão dos dois últimos dígitos do ano em que o livro foi escrito, 1948.
O romance é considerado uma das mais citadas distopias literárias, junto com Fahrenheit 451, Admirável Mundo Novo, Laranja Mecânica e Nós. Nele é retratada uma sociedade onde o Estado é onipresente, com a capacidade de alterar a história e o idioma, de oprimir e torturar o povo e de travar uma guerra sem fim, com o objetivo de manter a sua estrutura inabalada.»
Wiquipédia

Já há muitos anos que li o "Admirável Mundo Novo"de Aldous Huxley, e apesar de ter esquecido alguns pormenores nunca consegui apagar a marca que o livro me deixou. Ainda hoje, quando olho para ele, me lembro das incubadoras para criar bébés e da educação baseada na teoria do Pavlov de acordo com a profissão a que as crianças eram destinadas (por exemplo, se estivessem destinadas a trabalhar nas minas eram-lhes administrados choques eléctricos sempre que as expunham à luz solar).

A leitura de "1984" ainda me chocou mais por abordar uma parte diferente do processo (se é que lhe posso chamar assim!) da aniquilação do ser humano enquanto ser livre e pensante.
Não há nada mais assustador do que alguém nos fazer acreditar que tudo aquilo que julgavamos verdade é na realidade mentira. Claro que a pessoa submetida ao processo nunca mais se vai lembrar, mas o que é certo é que para quem está a ler é assustador imaginar sequer o facto!

Além disso, toda a existência é eliminada. A pessoa existe apenas porque o sangue lhe corre nas veias, porque não é autónoma. O cérebro limita-se a viver, sem pensar, sem escolher... simplesmente reage aos estímulos do exterior sejam eles contraditórios ou não.O ser humano é considerado fraco, porque só em conjunto é que consegue ter força.
A própria linguagem é modificada no sentido de eliminar as palavras que possam de alguma maneira dificultar a rotina do indivíduo: se é bom, não há necessidade de todos os outros adjectivos como bestial ou fantástico, soberbo, genial... é simplesmente bom, porque o próprio acto de pensar num adjectivo pode levar o indivíduo a cometer um crime contra o estado.

O livro é simplesmente soberbo... assustador, mas soberbo!

Espero não ter revelado demais para quem ainda não leu o livro, mas fiquei completamente apanhada pela história e só me apetece contar tudo com muito pormenor!!! Recomendo a leitura do livro sem qualquer reserva, porque é um bom incentivo para as pessoas abrirem os olhos a tudo o que as rodeia, sem se deixarem adormecer na rotina e em vez de viverem se limitarem a existir.
Entretanto (e hoje com um significado mais especial) Boas Leituras!

Messias

Boris Starling é um escritor Inglês, que já trabalhou como jornalista, e que se lançou no estrelato com este livro, "Messias", aclamado pela crítica de todo o mundo em 1999. A personagem principal é Redfern Metcalf, um investigador da Scotland Yard.

«Londres, Maio de 1998. Uma onda de calor sufoca a cidade: dias abafados, estranhas noites de nevoeiro e os passos furtivos de um assassino pelas ruas. Três pessoas aparecem misteriosamente assassinadas sem que qualquer pista indique uma relação entre os crimes: nada as une nem as liga... a não ser o facto dos seus cadáveres aparecerem com uma colher de prata no lugar onde anteriormente tinham a língua...»

"Messias" é um livro muito bem escrito, com uma história bem delineada, que nos dá a conhecer o presente (ou seja, a investigação em curso), mas também a vida passada das personagens, bem como o que passa na mente do assassino. Ao longo do livro vamos tendo pistas dissimuladas acerca de quem é o assassino, apesar de só no fim nos apercebermos disso.
É um bom thriler, mas o final do livro é de algum modo perturbador.
Uma das coisas que mais gosto neste género de livro é a redenção final das personagens. Normalmente o final é uma mistura de sangue e lágrimas, onde os culpados têm o que merecem, e os "bons" têm de algum modo a sensação de missão cumprida. O leitor, fica com o coração acalentado, como se tudo no mundo fosse cair nos eixos, e correr bem dali para a frente.

Neste livro não há este sentimento. Apesar de todos terem o que merecem, a justiça final é de algum modo fria e desprovida de calor. É o típico caso no qual o coelho deixa de ser a vítima, para passar a ser o caçador...

Claro que tudo isto é difícil de explicar sem desvendar aspectos importantes do livros, portanto a única coisa que posso acrescentar é mesmo dizer que dentro do género já li livros melhores, e que apesar de ser um livro muito bem escrito, não fica incluido nos meus livros preferidos de todo o sempre.

É de salientar que este livro pertence a uma colecção de livros de bolso que começou inicialmente por ser vendida pela revista "Circulo de Leitores", mas que é possível comprar na Fnac. Os preços são basicamente os mesmo, e a qualidade é muito boa.
Para quem é fã de livros que ocupam pouco espaço, com boas encadernações, é a escolha ideial!
Entretanto, boas leituras!

O Assassino Inglês

Finalmente foi publicado pela Bertrand aquele que é o segundo livro da Saga Gabriel Allon, do escritor Daniel Silva.

«Espião ocasional e restaurador de arte, Gabriel Allon chega a Zurique para restaurar a obra de um Velho Mestre, a pedido de um banqueiro milionário. Em vez disso, dá por si no meio do sangue do cliente e injustamente acusado do seu homicídio.
Allon vê-se inesperadamente a braços com uma voraz cadeia de acontecimentos, incluindo roubos de arte pelos nazis, um suicídio com várias décadas e um trilho sangrento de assassínios – alguns da sua autoria. O mundo da espionagem que Allon pensava ter colocado de parte vai envolvê-lo uma vez mais. E ele vai ter de lutar pela vida com o assassino que ajudou a treinar.»
Portal daLeitura

Mais uma vez o papel de restaurador do protagonista assume a dicotomia habitual: Gabriel é um restaurador de quadros, mas também de pessoas, e é neste estilo que o livro se desenvolve até à redenção final na qual a história acaba sempre por ter uma mensagem apropriada depois de todo o sangue e violência. O tema central é o apoio dado pelos bancos Suíços ao regime de Hitler, e mesmo sabendo que o livro não passa de um romance é realmente incrível pensar na quantidade de obras de arte que nem sequer circulam no mercado negro, mas estão guardadas dos olhos do público, escondidas nos cofres daqueles que roubaram ao abrigo de leis que ainda hoje os protegem.

O livro é altamente recomendável, claramente ao estilo de Daniel Silva que nos continua a transportar por aqueles pedacinhos de história que não queriamos lembrar, mas que fazem parte do nosso passado recente, e que por muito que gostassemos não podemos negar.

Entretanto, boas leituras!

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