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Um Valete Que Vale a Pena!


"O cheiro era perceptível à distância. Pesadas gotas de chuva embatiam ruidosamente nas folhas mortas, o céu escuro como o do entardecer, àrvores despidas pelo inverno a ondular por entre o nevoeiro.
-Jesus! - Resmungou Marino, passando por cima de um tronco. -Devem estar podres. Não há cheiro como este. Faz-me lembrar sempre caranguejos de conserva.
-E vai piorando - anunciou Jay Morrel, que seguia na frente.
A lama preta agarrava-se aos nossos pés e de cada vez que Marino roçava por uma àrvore eu levava um duche de água gelada. (...). Por um instante não me mexi, observando apenas os corpos mirrados, quase descarnados, que tinha à minha frente. (...) Os corpos estavam deitados um ao lado do outro, de bruços, numa pequena clareira a cerca de oitocentos metros da lamacenta picada onde deixamos os nossos carros. Tal era o grau de decomposição que estavam parcialmente esqueletizados. Os ossos longos dos braços e pernas projectavam-se, como galhos cinzentos e sujos, das roupas apodrecidas e misturadas com folhas."

"Este novo caso começa com o desaparecimento de um jovem casal, cujos corpos só aparecem em estado de adiantada decomposição muitos meses mais tarde. Entretanto mais quatro jovens casais são encontrados mortos nas mesmas circunstâncias, em bosques quase impenetráveis. Ossos e alguns farrapos de roupa - e um valete de copas - é tudo o que resta. A intriga complica-se pelo facto de uma das jovens ser filha de Pat Harvey, uma mulher de considerável projecção pública em cruzada contra a droga, e com a intervenção do FBI, que esconde provas, ao que parece, para proteger alguém importante."

Fonte: Editorial Presença

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