Blogger Template by Blogcrowds

A Excepção

Depois de ter terminado o Diabo Veste Prada, não posso deixar de achar que o filme é claramente superior.
É um livro sobre moda. Todas aquelas descrições dos sapatos Manolo e das carteiras Prada, parecem excessivas, ao passo que no filme são apenas um complemento da mensagem que se pretende passar.
No entanto, lê-lo é um momento bem passado. Não propriamente um momento de iluminação superior, mas um momento divertido, que nos dá a conhecer um mundo tão diferente daquele a que estamos habituados: o mundo da moda e todo o dinheiro que gira à volta dele.

As personagens principais são tão diferentes que se completam.

Miranda, a chefe que não tolera que as secretárias não estejam dentro da sua cabeça, a adivinhar o que ela está a pensar naquele momento, para satisfazerem os seus pedidos.
Emily, a secretária principal, bajuladora, que serve a chefe incondicionalmente e critica Andreah sempre que pode.
Andreah, recém-licenciada, que conseguiu o trabalho pelo qual “milhares de jovens eram capazes de dar a vida”, e que se vê a executar tarefas tudo menos apropriadas à sua formação, como ir buscar cafés e entregar a roupa da chefe para a lavandaria.

O que me cativou na história, foi a dedicação ao trabalho. Aquela dedicação sem limites, que deixa as pessoas sem vida própria, como se o trabalho não fosse um complemento, mas sim a vida em si. Sendo que, apesar de tudo, ainda há a possibilidade de redenção, quando as pessoas conseguem perceber aquilo que realmente é importante: viver a vida, mesmo que isso implique sacrifícios.

5 comentários:

A minha dúvida é: será que terias a mesma opinião se tivesses lido o livro primeiro? ;)

quinta-feira, junho 28, 2007 2:20:00 da tarde  

Não achas que estás a valorizar em demasia um filme apoucado e uma história muitíssimo corriqueira?

sexta-feira, junho 29, 2007 5:25:00 da manhã  

Canochinha, infelizmente agora nunca vou saber! :D
Se calhar se tivesse lido primeiro o livro acharia que a história não era merecedora de um filme!
Mas o que é certo é que gostei de ambos, mas o filme, transmite uma sensação diferente.

Azul Neblina, felizmente que nem todos gostamos de amarelo!
Portanto, o que gostamos ou não é claramente subjectivo.
Adorei o filme. Não posso dizer que é tão poderoso como o "Crash", ou tão poético como o "Babel", mas o que é certo é que gostei.
E não posso dizer que detestei o livro. No momento de vida que atravesso, ajudou-me a compreender certas coisas e a valorizar certas situações que provavelmente não valorizaria de outra maneira.
Portanto, acho que a resposta é não. Não estou a valorizar demasiado uma história corriqueira.
Nem só de clássicos se reveste a nossa vida!

sexta-feira, junho 29, 2007 12:57:00 da tarde  

Gostei do filme, embora não o tenha achado nada de extraordinário. Normalmente, não leio livros que tenham originado filmes. Acho que é uma pecha minha. Talvez devesse experimentar. Queres sugerir algum em particular, Miss?

Bjo

sexta-feira, junho 29, 2007 1:46:00 da tarde  

Cristina, assim de repente até fiquei atrapalhada, porque não me lembrava de nenhum.
Tens de ler "As Pontes de Madison County". É simplesmente lindo! Lindo!
E ainda por cima é um livro pequenino que se lê num instante. Mas vale cada palavrinha de tão mágico que é!

sexta-feira, junho 29, 2007 2:20:00 da tarde  

Mensagem mais recente Mensagem antiga Página inicial