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Já dizia Fernando Pessoa.
Norwegian Wood é a prova. Comecei a lê-lo devagarinho e acabei em êxtase, quase presa, também eu, no limbo deprimente que é o balançar entre a tristeza avassaladora e a felicidade ao alcance de um braço esticado. Reli a última página até à exaustão, tirei notas e dedilhei mentalmente o que li vezes sem conta. E, às vezes, assusto-me porque temo um dia acordar e, como Toru, estar em lado nenhum, outras enterneço-me ao ler a vulnerabilidade tão nua de um personagem. Depois, assalta-me a vertigem condoída de saber que, um dia, irei aprender a equacionar, à força, o valor da perda, mas no final, comovo-me perante o aconchego doce de um futuro desprovido de ilusões, firme no que de mais real existe: aqueles que ficam e optam uns pelos outros.
Abraço,
Lady Mizar

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