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Foi a 10 de Janeiro que comecei a ler "A Vida Nova" de Orhan Pamuk, no entanto estou a encontrar algumas dificuldades em continuar a leitura...
Escrito de modo algo esquizofrénico, o livro fala acerca da procura do sentido da vida, a "vida nova". Algo que podia ser extremamente poético, não fosse o estranho modo de encontrar essa vida. Entre acidentes de autocarro e roubar carteiras, identidades e dinheiro a pessoas falecidas nesses acidentes, torna-se complicado encontrar a poesia e a beleza dessa procura.
Estou a dar uma hipótese ao livro, estou a fazer o esforço para o terminar, para não deixar a mensagem a meio!
Para perceberem do que estou a falar, aqui fica um pequeno excerto (Cuidado! Não é propriamente levezinho!, e o livro está cheio deles!)
«Num autocarro vermelho que intrépido e traidor, se tinha enfaixado nas traseiras de uma camião, vi passageiros da primeira fila arpoados pelas barras de ferro que saíam do reboque. Vi o cadáver de um motorista que tinha lançado o decrépito autocarro num precipício para não esmagar um gato, e que estava muito custoso de desencarcerar. Vi cabeças rebentadas, corpos retalhados, condutores que tinham acolhido com ternura o volante nos intestinos, restos de miolos que tinham explodido como couves-flores, uma orelha sanguinolenta ainda com o brinco, óculos partidos ou ainda intactos, espelhos, intestinos irisados, cuidadosamente espalhados em jornais, dentes, pentes, frutos esmagados, moedas, biberões, sapatos, objectos e coisas vivas, oferecidas voluntariamente em sacrifício.»
É só de mim, ou o senhor escreve de uma maneira poético/macabra!!! É que eu tenho medo de estar a ser injusta!

11 comentários:

Não, não é só impressão tua! LOL
Mas se calhar encontrou um estilo próprio, que é o mais difícil de fazer! LOL
Gostava de encontrar o MEU estilo próprio. É que história para o livro eu já tenho. Tenho é "miufa" (LOL) de o escrever...
Boas semana.

segunda-feira, março 19, 2007 12:15:00 da manhã  

Cara GK, ainda bem que não é só impressão minha...já estou mais descansada!!!
Quanto ao estilo próprio, acredito que o tenha encontrado, eu é que tenho pena de não o estar a compreender!!!

Quanto à "miúfa", só te digo uma coisa: criticar é muito fácil, o mais difícil é escrever, e escrever bem! Não deixes que o medo paralise aquilo que tens dentro de ti. Partilha-o com o mundo e de certeza que terás sucesso. Pelo que eu leio no teu blog, não tens nada que ter medo porque tens a escrita na alma!
Nem esta "crítica de bancada" nem os ditos críticos literários te devem impedir de perseguir o teu sonho!
Vai em frente. Ás vezes basta apenas acreditar!

segunda-feira, março 19, 2007 12:23:00 da manhã  

Esse foi o escritor que ganhou agora o prémio nobel da literatura não foi?
Por acaso estava tentada a ler alguma coisa dele. :S

Jinhos

segunda-feira, março 19, 2007 11:18:00 da manhã  

Gostei muito do seu blog!

segunda-feira, março 19, 2007 11:29:00 da manhã  

Cara Noquinhas, foi ele que ganhou em 2006!
Espero que este post não te tenha desencorajado de maneira nenhuma!!!
Eu é que estou a encontrar dificuldades, mas pode ser que no fim haja uma revelação!

Obrigada Caro Bernardo!
Volta sempre!

segunda-feira, março 19, 2007 12:01:00 da tarde  

miss, já me aconteceu ter dificuldades para terminar de ler um livro, mas faço sempre um esforço para o fazer porque afinal já gastei o dinheiro!
Já estive diversas vezes com livros desse autor na mão, mas nunca cheguei a comprar nenhum... Pela amostra, é fortezinho, hein? ;)

segunda-feira, março 19, 2007 12:46:00 da tarde  

Canochinha, este não o comprei. Oferecerem à Mizar como prenda de Natal!
Claro que normalmente também faço o esforço! É como eu digo, estou a dar-lhe uma oportunidade para o escritor me surpreender no final, mas que está a ser dfícil, lá isso está!!!
E sim, é fortezinho...muito fortezinho!!!

segunda-feira, março 19, 2007 1:34:00 da tarde  

Ainda não li, mas espero ler.
"Um dia li um livro e toda a minha vida mudou"
Quem começa por ler esta frase, espera, com legitimidade, encontrar a seguir uma narrativa algo poética.
Pelo que tu descreves, não parece ser assim. Palavras fortes, para descrições pesadas.
Entendo que não seja fácil...

segunda-feira, março 19, 2007 2:23:00 da tarde  

Custódia, espero que essa frase promissora me ajude a descobrir a mensagem poética que se esconde nas descrições!
Ainda acredito na salvação do livro!

segunda-feira, março 19, 2007 2:48:00 da tarde  

Não li ainda nada dele, por isso não posso dar opinião, mas é muito chato quando não conseguimos acabar um livro por desinteresse, fico mesmo irritada. Há tanto para ler de bom e escolhemos um que não agrada!!

terça-feira, março 20, 2007 12:36:00 da manhã  

Cara Totoia, é realmente muito aborrecido!!!
Mas nós aqui na Constelação costumamos dizer: "Pode ser mau, mas pelo menos estamos a eliminá-los a todos...para ficarmos com os bons!"

terça-feira, março 20, 2007 1:30:00 da manhã  

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