Blogger Template by Blogcrowds

Já não era sem tempo!

Terminei de ler “A Filha do Capitão”. No entanto, ao contrário da minha adorada Alcor e correndo o risco de ninguém partilhar a minha opinião, não consegui apaixonar-me pelo livro.
Gostei de conhecer a origem da palavra lãzudo, de reconhecer a boçalidade da vida no Portugal interior, de saber que em tempos de guerra inimigos confraternizaram no campo de batalha e gostei principalmente de ser transportada para a época do aparecimento do primeiro automóvel e da primeira equipa de futebol.
Ainda assim, apesar dos numerosos pormenores interessantes, senti que a história se ia arrastando pelas 637 páginas do livro, para no final eclodir em meia dúzia de linhas.
E foi com uma sensação de esvaziamento que li a tão aclamada história de amor que, envolta num cenário de guerra tão carregado, não teve espaço para existir.
Desenganem-se os cépticos. O livro está brilhantemente escrito e mais uma vez José Rodrigues dos Santos cumpre com a maior das facilidades a sua peculiar função pedagógica de nos ensinar história.
É caso para dizer: “O problema não és tu, sou eu”. E neste caso é verdade: Simplesmente não gostei do livro porque não gosto de livros sobre guerra.

5 comentários:

Olha quem aqui anda!!!! ;)

Pois está claro que vamos ter de concordar em discordar... Eu gostei muito da Filha do Capitão.
Primeiro porque tem um ritmo de escrita muito fluido, que permite uma leitura fácil e agradável.
E depois porque trata de um periodo da história que eu nem sempre mantive presente. Conhecia mal o papel de Portugal nesta guerra e ainda pior o papel do CEP aquando da integração nos aliados. Agradaram-me os heróis portugueses, com as suas queixas e sentimentos: o "manápulas", o "velho"...
E depois, a história de amor subjacente, que não deixa de ter a sua beleza.

Beijos!

sábado, maio 19, 2007 11:27:00 da manhã  

Partilho da maior parte da tua opinião, Lady Mizar. Gostei, mas não tanto assim. A escrita do José Rodrigues dos Santos tem vindo a melhorar consideravelmente, com o passar dos livros, mas ainda assim penso que lhe continua a faltar qualquer coisa, nem eu consigo explicar bem o quê. Acho que é aquela faísca que nos faz apaixonar pela escrita de um autor.
Contudo, não lhe nego alguns méritos... Acho que ele tem uma boa capacidade de descrição, de construção de cenários e personagens e consegue criar histórias interessantes.

Até agora, dos livros dele, o que gostei mais foi do "Codex 632", talvez porque sou uma apaixonada por história :)

Beijinhos

sábado, maio 19, 2007 11:35:00 da manhã  

O livro está simplesmente genial, na minha opinião, e eu que não curto nada o trabalho do JRS. De facto, levou-me a apreciar mais o seu trabalho e, sem dúvida, impulsionou a compra dos outros livros seguintes: 'Codex 632' e 'A Fórmula de Deus'.

Mas são opiniões.

segunda-feira, maio 21, 2007 10:56:00 da manhã  

Pois eu também discordo e sou ali da opinião da Miss Alcor, pois como ela diz, também eu não sabia muito sobre a participação de Portugal na Primeira Grande Guerra.
Adorei o livro. Comprei os seguintes do JRS, porque fiquei muito bem impressionada com este.
Mas entendi bem o teu ponto de vista. Com os livros é mesmo assim, nem sempre entramos a fundo :)

segunda-feira, maio 21, 2007 2:36:00 da tarde  

Não li este livro, por opção. Pela simples razão que sabia que não ia gostar. :)

quarta-feira, maio 23, 2007 8:09:00 da tarde  

Mensagem mais recente Mensagem antiga Página inicial