Este Fim-de-semana tive o prazer de visitar uma das bibliotecas mais antigas e mais importantes deste País: a Biblioteca Joanina, na Universidade de Coimbra.Foi mandada edificar por D. João V e ficou concluida entre os anos de 1717 e 1728. Alberga 200 mil volumes, 40 mil dos quais só no piso nobre (o que pode ser visitado). As colecções datam dos séculos XVI, XVII e XVIII e representam na sua maioria o que de melhor havia na Europa culta daquele tempo. Com a devida justificação, um investigados pode consultar os livros, sendo que eles são retirados pelos funcionários e levados para a Biblioteca Geral.
A preservação dos exemplares é a principal preocupação, mas o próprio edifício foi construído de maneira a que os livros estivessem cuidadosamente guardados.
-As paredes exteriores têm espessura de 2 metros e 11 centímetros e a porta é de Teca, o que ajuda a manter uma temperatura constante entre 18 a 20 graus centígrados.
-O facto do interior da biblioteca estar todo revestido a madeira, permite uma taxa de humidade relativa de 60%, o que contribui para a estabilidade do ambiente.
Resolvidos os problemas da temperatura e da humidade, falta-nos os insectos. Os papirógrafos (insectos que comem papel) são um problema grave no que diz respeito à conservação de livros antigos. Para proteger os volumes, existem duas defesas:
-As estantes são de Carvalho, que é uma madeira bastante resistente e densa o que dificulta a entrada dos bichos, e para além disso exala um odor que os repele!
-Para além disso, no interior desta fantástica biblioteca, existe uma colónia de morcegos. Sim, leram bem: MORCEGOS! As mesas da biblioteca são protegidas todas as noites (porque são também antiguidades!), e os morcegos circulam livremente, comendo os insectos que ainda resistirem.
Vale a pena visitar. É um autêntico templo literário!
A preservação dos exemplares é a principal preocupação, mas o próprio edifício foi construído de maneira a que os livros estivessem cuidadosamente guardados.
-As paredes exteriores têm espessura de 2 metros e 11 centímetros e a porta é de Teca, o que ajuda a manter uma temperatura constante entre 18 a 20 graus centígrados.
-O facto do interior da biblioteca estar todo revestido a madeira, permite uma taxa de humidade relativa de 60%, o que contribui para a estabilidade do ambiente.
Resolvidos os problemas da temperatura e da humidade, falta-nos os insectos. Os papirógrafos (insectos que comem papel) são um problema grave no que diz respeito à conservação de livros antigos. Para proteger os volumes, existem duas defesas:
-As estantes são de Carvalho, que é uma madeira bastante resistente e densa o que dificulta a entrada dos bichos, e para além disso exala um odor que os repele!
-Para além disso, no interior desta fantástica biblioteca, existe uma colónia de morcegos. Sim, leram bem: MORCEGOS! As mesas da biblioteca são protegidas todas as noites (porque são também antiguidades!), e os morcegos circulam livremente, comendo os insectos que ainda resistirem.
Vale a pena visitar. É um autêntico templo literário!
9 comentários:
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Há pouco tempo estive no Convento de Mafra, que também possui uma biblioteca enorme... E também têm lá morcegos!!!
Já agora... era bom ter uma biblioteca deste tamanho!! (apesar de precisar de toda a vida e para além disso para os ler, hehe)
Célia disse...
segunda-feira, agosto 13, 2007 1:07:00 da tarde
Ehehehe!
Realmente 200 000 livros era muito livro... tinhamos que ler tudo na vertical, porque não teriamos hipótese de os ler a todos! ;)
Mas que era fabuloso era. Embora eu preferisse que a minha não tivesse morcegos... não gosto particularmente deles...! ;)
Miss Alcor disse...
segunda-feira, agosto 13, 2007 1:43:00 da tarde
E tem visitas à noite ? Era bom, fazia-se a interpretação do livro " Dracula "...hehee
Menphis disse...
segunda-feira, agosto 13, 2007 2:04:00 da tarde
LOL!!!!!!!!!
Proquê que achas que eu não gosto de morcegos??? Associo sempre o Drácula a estes pequenos voadores... e alguns chupam sangue dos animais e tudo!
Argh!!!!!!!
Mas que é um pormenor engraçado, lá isso é! ;)
Miss Alcor disse...
segunda-feira, agosto 13, 2007 3:43:00 da tarde
Como eu invejo os sortudos dos morcegos! Podem passear à vontade numa biblioteca destas! Devem ser uns bichos muito cultos... ;)
Maria Natália Pinto disse...
segunda-feira, agosto 13, 2007 9:25:00 da tarde
Dawn, LOL!!!!!!
Realmente, não tinha pensado nisso. É um privilégio muito grande vaguearem por lá sem darem contas a ninguém!
Mas no fundo também merecem... fazem um trabalho muito útil!
Miss Alcor disse...
terça-feira, agosto 14, 2007 1:40:00 da tarde
eduardo jai disse...
terça-feira, agosto 21, 2007 5:38:00 da tarde
Sim, sim... Esta biblioteca é muito bonita.
Conhecia mas não fazia a mínima ideia de que estive exposto a tamanho risco. Há lugares em que nos sentimos pequeninos como uma mosca e nunca se sabe se os morgecos têm a mesma sensibilidade literária.
Para a próximo fico-me só por visitas a bibliotecas muito, muito antigas e em ruínas, como em Nalanda.
Verdade que há elefantes e tigres por perto mas... não comem insectos. É mais seguro...
Gostei de passar por aqui. Obrigado pela estadia agradável.
:)
eduardo jai disse...
terça-feira, agosto 21, 2007 5:40:00 da tarde
Fascinante! Miss Alcor obrigada por esta elucidação. Não fazia a menor ideia!! Fiquei tão curiosa que a minha próxima escapadinha tem de convergir até esta biblioteca maravilhosa. :)
Um beijinho
susemad disse...
segunda-feira, setembro 03, 2007 2:27:00 da tarde