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A Biblia de Barro

«Traficantes de arte que chegam a extremos inimagináveis para conseguirem peças raras, agências internacionais de assassinos contratados, o mundo da arqueologia e os seus segredos…
Tendo como pano de fundo a iminente invasão do Iraque pelos Americanos, a autora constrói esta empolgante engrenagem narrativa que remonta à origem dos tempos e mantém o leitor em suspenso até à última página. Thriller de alta tensão, romance histórico, retrato impiedoso das misérias humanas e dos baixos interesses que movem o mundo… Tudo vem confluir nesta trama povoada de personagens inquietantes, num quebra-cabeças que tem como ponto de partida um episódio-chave da Bíblia, o Génesis.
As duas placas de barro encontradas junto da antiga cidade de Ur serão realmente a transcrição do relato feito pelo patriarca Abraão sobre a Criação do mundo? Se assim for, a descoberta será um dos maiores feitos arqueológicos de sempre. Mas, haverá tempo para encontrar as restantes antes da invasão do Iraque?»

Julia Navarro constroi um romance empolgante, onde a trama vai crescendo, até atingir o seu pico máximo perto do fim, onde os mistérios são finalmente desvendados. Apesar do desenrolar algo lento, o fim é esmagador. Toda aquela tensão acumulada parece esvair-se nas últimas páginas, ao ponto de comover o leitor mais concentrado na escrita.

É um livro inteligente e com uma caracteristica engraçada: ao género das diferenças que existem entre os filmes europeus e os filmes americanos, este livro poderia ser classificado de Europeu, desde a primeira página até à última. Apesar de ter por base a invasão do Iraque pelos americanos, e de falar dos negócios escuros que se desdobram à margem do país (imagem de marca Americana), Julia Navarro possui uma escrita que não se deixa cair na tentação hollywoodesca. Todas as perseguições e grandes esquemas (muito ao género de Dan Brown!) são claramente postos de parte.
Não é que o livro não fale deles, porque fala. Mas de uma forma subtil e pausada, mais próxima da realidade, e muito mais assustadora.

Não posso dizer que foi dos melhores livros que li. É tão real e tão crú, que acaba por retirar aquele consolo no final, quando descobrimos que afinal o bem ainda consegue triunfar. Não é que seja apenas adepta de livros com finais felizes, mas este consegue ser tão real, que lembra este mundo injusto em que vivemos, onde infelizmente, os actos pérfidos ainda conseguem passar impunes.

Boas Leituras!

Fonte: Webboom

6 comentários:

Parece-me giro e já estive com ele algumas vezes nas mãos. Desta autora tenho em casa "A Irmandade do Santo Sudário", mas ainda não li... (olha que surpresa!)

segunda-feira, agosto 06, 2007 7:42:00 da tarde  

LOL!!!!!!!!
Depois de ler este fiquei com curiosidade em ler "A Irmandade do santo sudário". Já está na lista de espera!
Agora, uma coisa é certa, este não é um livro fácil. A história é mesmo triste, e no fim quase que me dava para o sentimento!!! E depois, a tramoia que ela arranjou é tão bem armada que se fica com a ideia de que aquilo podia perfeitamente ter acontecido...
Aquela arrogância dos americanos, o s interesses que se moveram para reconstruir o Iraque depois da guerra, o dinheiro que algumas empresas ganharam, e continuam a ganhar, com a guerra... é uma realidade brutal!

segunda-feira, agosto 06, 2007 8:12:00 da tarde  

Nunca li nada desta autora, mas se mete esquemas, suspense e intriga é claramente o meu estilo. Talvez o procure da próxima vez que visitar a FNAC.

Bjo

segunda-feira, agosto 06, 2007 8:20:00 da tarde  

Cristina, acho que podias gostar deste livro.
Acredito que sim. Se puderes um dia, experimenta. ;)

terça-feira, agosto 07, 2007 7:51:00 da tarde  

Vamos lá ver...

este género de romance já me apaixonou bastante. O problema é que actualmente todos querem imitar "O código daVinci", fazendo plágios descarados da trama à volta de uma possível descendência de cristo...

O que começa a tornar-se cansativo. Mas eu continuo a gostar (e muito) de enigmas históricos sobretudo ligados à arqueologia...

O que me deixa céotica é o tal final feliz, porque dada a situação actual no iraque o mais lógico e verosímil seria algo muito semelhante a uma tragédia grega...

Mas logo que possa vou lÊ-lo!

Um beijo e obrigada por mais uma sugestão!


CSD

quarta-feira, agosto 08, 2007 3:39:00 da tarde  

Cláudia, o que este livro tem de bom é que não tem um final feliz. Ao contrário de todos os que li até hoje, este é tão crú que marca a diferença.
É um bom livro, muito diferente das perseguições do género Dan Brown! ;)

quarta-feira, agosto 08, 2007 4:06:00 da tarde  

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