Este fim-de-semana prolongado, aproveitei para pôr a leitura em dia. Deitada, no sossego do meu quarto, peguei no livro que andava a ler desde Setembro, e acabei-o.Já não me lembrava daquela sensação boa, que é terminar um bom livro, e ficar com pena de o ter terminado!
"A Papisa Joana" é um desses livros. Daqueles que queremos ansiosamente terminar para sabermos como acaba a história, para depois ficarmos com uma pena imensa por ter acabado.
Seja a história verdadeira ou não, é uma história muito bem contada. Donna Cross consegue prender-nos até à última página, através de palavras reveladoras, de uma época pouco conhecida, e pertencente a um dos periodos mais negros da nossa humanidade. É sempre com curiosidade que percorro outras épocas e outros lugares. No entanto, nem todos os escritores conseguem transmitir aqueles pormenores que imaginaram na sua mente. A escritora de "A Papisa Joana" consegue fazê-lo na perfeição.
Além disso, a personagem principal cativa, pelo modo inteligente como conseguiu contornar todas as dificuldades que lhe eram inerentes pelo simples facto de ser mulher. Uma mulher, num mundo apenas reservado aos homens.
Um livro de uma beleza infinita, que deixa uma réstia de esperança, de que um dia, há muito tempo, uma mulher conseguiu desafiar o mundo, e sentar-se num trono apenas reservado aos homens: o trono de Roma. Porque afinal, «Onde quer que encontreis uma lenda, podereis estar certos de que, se fordes ao fundo do assunto , encontrareis uma história.» Vallet de Viriville
Imagem: Santa Catarina de Alexandria
6 comentários:
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É realmente uma história maravilhosa (e ainda nem li o livro que de certeza a conta melhor do que ninguém!), e sem dúvida que vale a pena acreditar que foi bem mais do que apenas uma lenda.
Tenho de ler o livro :)
Maria Natália Pinto disse...
domingo, outubro 07, 2007 2:27:00 da manhã
Descreveste na perfeição o que eu senti quando li este livro. Acho que acima de tudo permite transmitir uma mensagem de coragem... E eu acredito mesmo que a Joana tenha existido!! Só é pena que o Vaticano não o assuma... O que não é de estranhar, tendo em conta que se trata de uma cambada de machistas.
Célia disse...
domingo, outubro 07, 2007 10:28:00 da tarde
Ainda não li esse livro.
Interessante, ás vezes uma pessoa lê obcecadamente,mas existem outras alturas em que parece que não lhe apetece nada ler.
Menphis disse...
segunda-feira, outubro 08, 2007 12:08:00 da manhã
Não sei se a história é real, mas, no final da leitura, fiquei a acreditar piamente na existência desta Papisa. Acho que a autora soube transmitir emoções e realidades de forma muito verdadeira. É um livro intenso!
Cristina disse...
segunda-feira, outubro 08, 2007 10:05:00 da manhã
Também gostei muito deste livro, e também acho que muito para além de ser verdade ou apenas lenda, está a figura desta mulher que tocou na vida dos homens do seu tempo de uma forma única.
meldevespas disse...
segunda-feira, outubro 08, 2007 10:40:00 da manhã
Miss Alcor, lindinha
Então andaste em leituras? :)
E ainda por cima daquelas que nos deixam saudades assim que acabamos de as ler e que não deixam dormir, porque ficamos a pensar nas palavras lidas... :) Fico contente que tenhas aproveitado bem os teus dias prolongados!
Eu não me dediquei às leituras... estive a trabalhar... mas também foram uns dias agradáveis. :)
susemad disse...
quarta-feira, outubro 10, 2007 9:37:00 da manhã