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A Irmandade

Mais uma vez Julia Navarro surpreende pela frieza e crueza com que trata as suas histórias. No entanto é necessário esclarecer aqui um ponto importante: quando digo "frieza" e "crueza", não estou de maneira alguma a apontar-lhe pontos negativos, mas sim, positivos!
São muitos os autores que escrevem romances/thrillers históricos com enredos fantásticos e histórias verdadeiramentes apaixonantes.No entanto falham sempre em pontos importantes: a veracidade e realidade da história. Muitas vezes terminamos um livro, que ainda por cima adoramos, mas damos por nós a pensar em aspectos referidos na história que não encaixam bem, ou que são simplesmente demasiado hollywoodescos para corresponderem à verdade. Outro aspecto importante são os finais felizes. Os cépticos dizem muitas vezes que uma história com um final feliz, é uma história inacabada, e não deixam de ter uma certa razão... na vida real as pessoas raramente ficam felizes para sempre...

Julia Navarro consegue sempre captar essas realidades, e mostra-nos como se conta realmente uma história: as pessoas morrem, e nem sempre são as más; os túneis desabam e nem sempre existe um aparelho sofisticadissimo que as consegue arrancar de lá de dentro, e acima de tudo, as pessoas têm acidentes, e acabam paraplégicas para o resto da vida por mais avanços cientícos que existam, porque a vida é assim mesmo, e os livros não tem todos que ser optimistas.

Adorei a Irmandade. Posso dizer que gostei ainda mais da "Biblia de Barro", talvez por a história estar ligada a aspectos mais recentes, como o extermínio dos judeus pelos Nazis, e a guerra do Iraque. Mas ainda assim a "Irmandade do Santo Sudário" não desilude, e acima de tudo, mostra mais uma vez que na realidade os melhores planos falham, e as pessoas que os organizam sofrem na pele os efeitos dessas falhas.

Não posso dizer que recomendo este livro. Recomendo sim que leiam um livro da Julia Navarro, porque não há nada melhor que a realidade retratada por quem realmente a conhece.

5 comentários:

Tenho este livro lá por casa, mas como tantos outros, ainda não lhe peguei. Fiquei convencida do talento da Julia Navarro e conto colmatar esta falha o quanto antes!

Beijinhos

quarta-feira, janeiro 30, 2008 10:04:00 da manhã  

Desde a tua crítica a 'A Bíblia de Barro' que estou interessada em comprar um livro desta autora. Os meus planos têm sido sucessivamente adiados, mas tenho de ver se compro. Parecem-me todos eles com histórias muito interessantes e cativantes e, claro, seria bom conhecer uma autora que não se fica pelo final feliz das personagens.

quarta-feira, janeiro 30, 2008 11:14:00 da manhã  

Ainda não li Julia Navarro, mas ainda estou a tempo :)

quarta-feira, janeiro 30, 2008 2:33:00 da tarde  

Li a Irmandade do Santo Sudário, e fiquei convencido a não gastar mais € 1,00 que fosse com esta autora. É uma escrita demasiado simples, sem brilho, que sumo e uma história mal pensada, ou então, mal contada.
Seja como for, o importante é cada um de nós gostar do que lê. Se outros gostam, é porque Julia Navarro lhes diz alguma coisa.
Cumprimentos,
Filipe de Arede Nunes

terça-feira, fevereiro 12, 2008 5:10:00 da tarde  

Eu confesso que me suscita curiosidade, e por isso mesmo tenho al na estante os 3 livros dela, para serem lidos encadeados :)

Depois digo de minha justiça!

sexta-feira, abril 18, 2008 9:45:00 da tarde  

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