Li o Historiador, como se ele fosse um pranto requintado, e eu, um gourmet.
Absorvi tudo com uma voracidade extraordinária. Os cheiros, os lugares, as pessoas.
É um livro fantástico! A história é simplesmente maravilhosa (e aterradora ao mesmo tempo!). Está muito bem contada. Se há mérito que tenho que dar a Elizabeth Kostova é o de ter contado uma história misturando a lenda e a realidade, sem que isso cause qualquer confusão no leitor. Todos os documentos, todos os livros, todas as citações parecem verdadeiras, ao ponto de nos interrogarmos se realmente não serão…
Ao longo do livro caminhamos pela Europa, por vários países e capitais verdadeiras, mas também por cidades inventadas. A autora arranja este subterfúgio para contar a Sua história, misturando a vida de Vlad Tepes (Drácula) com aquilo que imaginou.
As histórias dos vários personagens interligam-se e completam-se, de modo a que o leitor perceba todos os raciocínios, todos os planos e todas as viagens. A história dá voltas e reviravoltas, e culmina com uma reviravolta final, claramente não esperada (e que acrescenta aquela magia já criada por tudo o que tinha sido dito anteriormente!).
É um livro genial, que evoca uma personagem assustadora, Vlad Tepes - o Impalador, mas que consegue torná-lo ainda mais assustador do que ele foi na realidade. Claramente uma história de tirar o fôlego, e de tirar o sono.
Factos sobre a personagem histórica
Reza a lenda que foi construida pelos nobres que assassinaram o irmão de Vlad Tepes. Este convidou-os para um jantar, livrou-se dos que podiam causar-lhe sarilhos, e os restantes marcharam montanha acima para lhe construirem esta fortaleza.
A fortaleza (é o pontinho no meio da fotografia, na montanha do lado direito) nos dias de hoje. Um bocadinho menos inacessível do que naquela altura!
O Mosteiro Snagov, no lago Snagov perto de Bucareste, é o lugar onde Vlad deveria estar enterrado. No entanto, é real que o seu túmulo está realmente vazio. Se o corpo foi levado por inimigos, ou escondido por admiradores, a história não explica.
O Ilha de Snagov, na imagem de cima. A imagem inferior, é o suposto túmulo de Vlad o Impalador.
As imagens que coloquei acima são descritas no livro com detalhes impressionantes. Permitem sentir o mal e o sofrimento que realmente ali aconteceram!
Este é um livro impressionante. Não só pela história, mas por todos os pequeninos detalhes que consegue condensar e organizar, juntando a realidade e a lenda.
O único problema do livro é que quase nos faz acreditar que a história é verdadeira!
Fonte Imagens
Desejamos a todos uma boa semana, recheada de óptimas leituras. Até breve!
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Foi no ano de 1683, depois da conquista da Hungria, que os soldados Otomanos, a mando do Grande Vizir Mustafá Pachá, cercaram Viena, o último baluarte cristão contra as hordas Turcas.
Como a tarefa de invadir Viena se revelou mais complicada do que estavam à espera, os Turcos recorreram a um plano que tinha todas as possibilidades de ser bem sucedido. Decidiram escavar túneis que atravessassem as muralhas pelas suas fundações, até ao centro da capital. Para minimizar a possibilidade se serem descobertos, resolveram escavar apenas de noite.
Mas como todos os grandes planos, este também tinha uma falha... uma grande falha! Não contaram com os padeiros, que por sua vez também trabalhavam de noite, e que foram alertados pelos barulhos das escavações e deram o alerta.
Isto resultou numa viragem do plano a favor dos Vienenses, que conseguiram surpreender os Turcos no seu próprio esquema, impedindo-os de entrar na Capital.
Foram os padeiros, em forma de comemoração, que fizeram o primeiro pão em forma de meia-lua, para lembrar a vitória sobre os Turcos. Os pasteleiros encarregaram-se de o transformar no bolo que hoje tanto apreciamos. (Fonte)
Quanto à referência ao pasteleiro Parisiense, não encontrei qualquer fonte que o confirme. Aparentemente foi a Raínha Maria Antonieta que levou a iguaria para França, onde alcançou a notoriedade que hoje lhe conhecemos. (Fonte)
Bom Apetite! E claro, Boas Leituras!
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No entanto, comprar os livros em edição de bolso e na versão original, parece uma alternativa bastante prática e útil!
Nunca fui muito adepta dos livros de bolso, e muito menos dos livros de bolso na versão inglesa! Gosto das edições que se vão fazendo em Portugal, normalmente bastante originais e apelativas. No entanto, agora que novos e bons títulos parecem sair todos os dias, parece-me uma boa alternativa investir nos originais. 25€ por um livro, parece-me um preço demasiado exagerado, quando o original consegue chegar aqui por menos de metade do preço!
Deixo aqui um site de críticas literárias, bastante original, com informações acerca do livro.
«Uma noite, já muito tarde, explorando a biblioteca do pai, uma jovem mulher encontra um livro antigo e um pacote de cartas amarelecidas agoirentamente destinadas ao "Meu querido e desgraçado sucessor". Este achado vai mergulhá-la num mundo com que nunca sonhou - um labirinto onde os segredos do passado do pai e o misterioso destino da mãe se ligam a um mal escondido nas profundezas da história.» Webboom
Boas Leituras!
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Ou seja, mesmo depois de todos os livros que já me passaram pelas mãos, ainda tenho estes todos para ler, fora todos os outros que não aparecem aqui...
Não está fácil a minha vidinha...
A propósito de livros, deixo aqui um link que vale a pena visitar! O Blog é o Estante de Livros, criado recentemente por um membro dos "Leitores Anónimos" (e ainda estamos a aceitar novos membros!), e o post diz respeito aos Direitos do Leitor. Lindo!
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Porém, tudo isto pode estar prestes a mudar quando Margaret Lea, biógrafa amadora, recebe uma carta da famosa escritora convidando-a a redigir a sua biografia. Pela primeira vez, Vida Winter vai contar a verdade, a verdade acerca de uma família atormentada por segredos e cicatrizes.»
O site dedicado ao livro é genial! Vale a pena dar uma vistinha de olhos!
Fonte: Portal da Literatura
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Chorei, sustive a respiração, cerrei os dentes, quase transpirei, enquanto J. K. Rowling me segurava tal qual uma marioneta através das páginas recheadas de perigos inesperados. Não há forma de parar de ler. O livro agarra-nos, não só porque é o último, mas pelo simples facto de ser o mais impressionante da série. Muito bem estruturado, com os acontecimentos nos lugar certo, na hora certa, Rowling consegue passar de um registo ternurento e calmo, para um registo de confusão, de violência e perseguição, no qual ficamos sem fôlego, a pensar como é que eles se vão conseguir safar da situação.
Só posso mesmo acrescentar que J. K. Rowling orquestrou o final perfeito, para a saga perfeita, e a única coisa que eu posso fazer agora é lamentar-me por ter lido o livro tão depressa! Afinal, era o último, e nunca mais vou sentir a mesma emoção, a mesma ansiedade, e a mesma alegria.
PS- Hoje sonhei em inglês, tal foi o contacto prolongado que tive com a lingua... mas valeu a pena cada palavra... só para saber!
PS2- Alguém que leia o livro por favor, que eu estou a REBENTAR para discutir pormenores!!!
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O que é certo é que ela fez o que muito poucos conseguiram: neste momento milhões de pessoas estão com o coração a palpitar à espera do grande momento! Crianças, jovens, adultos, a contar as horas, minutos, segundos que faltam para conseguirem apanhar o último livro da saga deste que para muitos é um verdadeiro herói.
Mesmo com as falhas, mesmo com a polémica, mesmo com os aspecto que podiam ser melhorados, Harry Potter vai ser falado durante muitos e longos anos, junto com a sua criadora, agora milionária.
Para mim, a chave do sucesso foi uma só: Inventou um mundo que encaixa tão perfeitamente no nosso, que podia existir!
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Vou andar entretida a ler estes!
Boas Leituras!
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Spinalonga foi uma fortaleza construida pelos Venezianos em 1579, nas ruínas de uma acrópole. Controlaram a ilha até à chegada dos turcos em 1715.
Aproveitando a sua localização (suficientemente perto da margem para ser rapidamente alcançada, mas suficientemente longe para estar isolada) os Gregos construiram uma colónia de leprosos, uma das últimas a ser desactivadas aquando da descoberta da cura para a lepra.Durante 54 anos, foram aqui isolados centenas de doentes. Mal era descoberta a doença, as pessoas eram automaticamente enviadas para a ilha.
Inicialmente as condições eram poucas. Não havia sistema de àgua canalizada, o hospital era bastante pobre e as casas eram poucas para receber tanta gente. No entanto as condições evoluiram, o estado acabou por atribuir alguns subsídios e os habitantes desta ilha tinham uma vida em comunidade. Uma comunidade tão diferente das outras, à custa da doença que padeciam, mas igual a todas as outras, com comércio, sistema de trocas de alimentos, apoio aos doentes e mesmo eleições anuais para decidir o representante da ilha.
Depois de passar o túnel, as pessoas encontravam um lugar estruturado, e eliminando o factor doença, um lugar a que podiam chamar Casa.
Restam os ecos dos seus habitantes, que acabavam ali a vida longe dos filhos, dos maridos, dos pais, à custa de uma doença que lhes retirava a força de viver, e que os tornava marginais, excluídos da vida como nós a conhecemos.
Tudo isto porque vale a pena ler o romance de Victoria Hislop, "A Ilha". Não só pela história em si, que acaba por ser um mero artifício, mas pela quantidade de informação acerca da vida numa comunidade isolada e tão flagelada como esta.
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Claro está que dei uma volta pelo stand, à procura da melhor oferta ao melhor preço!
Passei por um livro que me chamou à atenção: Almas Inquietas, de João Grave. Apesar de não conhecer o autor, e muito menos o título, trouxe o livro ao fantástico preço de 2,50€, com uma encadernação deliciosa, a lembrar tempos passados, e a cheirar a livro velhinho, que tanto gosto me dá.
Ao chegar a casa, liguei o computador, à procura de informações do autor e referências dos livros, neste mundo maravilhoso que é o da internet.
O que é curioso no meio desta informação toda, é o facto de hoje, ser o aniversário do nascimento do autor, cujo livro me caiu nas mãos, no meio de centenas de livros.
«João José Grave, nasceu a 11 de Julho de 1872 em Vagos, Aveiro. Foi escritor de ficção, crónica, ensaio e poesia. Como jornalista chefiou a redação do Diário da Tarde e colaborou nos jornais Província, Século e Diário de Notícias, para além de colaborações na imprensa Brasileira. Foi director da Bilbioteca Municipal do Porto e dirigiu o dicionário enciclopédico Lello Universal.» (Fonte: wikipédia)
Fica a aguardar vez na lista, debaixo de uma imensa curiosidade.
Imagem
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"Acabado de dobrar o cabo da maturidade, deixou finalmente de se rever nos outros e começou a avistar o desencanto de não ter sido nunca o que sonhava ser enquanto jovem (...)."
"Ao acordar, na sua primeira semana de viúva, tinha-se voltado na cama, ainda sem abrir os olhos, à procura de uma posição mais cómoda para continuar a dormir, e foi, nesse momento, que ele morreru para ela. Pois só então teve consciência de que ele tinha passado a noite, pela primeira vez, fora de casa."
O Amor nos Tempos de Cólera é sem sombra de dúvida um livro genial. Apesar de tudo, parti com expectativas demasiado altas e acabei por me perder na escrita de Gabriel Garcia Márquez. Gostei. Mas não tanto como poderia ter gostado.
As personagens são fantásticas e as cenas hilariantes. E o amor... sim, no fundo o tema principal é o amor que nunca desaparece, que passa por cima de tudo e que aguenta o passar do tempo, da idade e da vida. O amor é como se fosse uma personagem à parte. Como se sustentasse todas as outras.
É um livro que nos deixa esperanças no amor, e que nos lembra que afinal, tudo é possível... basta saber esperar!
Imagem: Allposters (G. Klimt)
Etiquetas: Análise
Fonte: Webboom
Um livro que junta a ficção, à dura realidade de um tempo que a lepra ainda não tinha cura.
A ilha de Spinalonga nos dias de hoje:
Médico, Padre e habitantes de Spinalonga em 1931:
Fonte imagens
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Esta obra, constitui na obra de Gabriel Garcia Márquez um marco equiparável ao do célebre "Cem Anos de Solidão", até hoje considerado a sua obra prima.
Fonte: Webboom
Etiquetas: Sugestões de Leitura
Fui desafiada pela Joaninha, e como não podia deixar de ser, vou "passar a bola" para as vossas mãos.
É muito simples!
Pegar no livro mais próximo (Não precisa de ser o que andam a ler)
Abri-lo na página 161
Procurar a 5ª frase completa
Colocar a frase no vosso blogue ou como comentário aqui na Constelação.
(Não vale procurar o melhor livro que têm, usem o mais próximo!)
Pecados Íntimos, Tom Perrotta
Etiquetas: Desafios Literários
Tom Perrotta mostra-nos que na realidade não há um caminho certo e muito menos decisões correctas ou incorrectas, sendo que aquilo que vamos obter não é mais do que aquilo que "semeamos".
Ao longo das 350 páginas, confrontamo-nos com o facto de a vida não ser como imaginamos, e muito menos como sonhavamos que fosse. E no fundo, não há nada pior do que este confronto: chegar a um determinado ponto e de repente perceber que vamos ter de ajustar as expectativas que temos, se quisermos ser felizes, porque de outra maneira, se andarmos a tentar alcançar algo que se encontra demasiado longe, podemos simplesmente cair de um lugar bem alto e sofrer a maior desilusão da nossa vida.
Pecados Íntimos é um livro tão terreno, sobre assuntos são triviais, e no entanto está rodeado de uma aura incrivelmente mágica. Tom Perrotta consegue resumir as nossas vidas e os nossos pensamentos.
Simplesmente sublime!
Etiquetas: Análise
No centro de A Senhora da Magia, primeiro dos quatro volumes desta saga, está Morgaine, a meia-irmã de Arthur, que se encontra num processo de iniciação para se tornar Grã-Sacerdotisa de Avalon. O seu grande objectivo é afastar a Bretanha da nova religião que encara a mulher como portadora do pecado original, ao mesmo tempo que desenvolve todos os esforços para colocar o seu meio-irmão no poder, como símbolo e líder da Bretanha unificada, sob a égide de Avalon e da Espada Mágica, Excalibur.»
Fonte: Webboom
Depois de ler de uma acentada 2 livros de Juliet Marillier, estranhei quando comecei a ler este primeiro volume das Brumas de Avalon, "A Senhora da Magia". Se com Marillier mesmo o maior sacrifício era descrito com ternura, com Marion Zimmer Bradley, isso não acontece. No entanto, à medida que me entranhava no livro, fui envolvida por um ambiente mágico e por uma história avassaladora.
Os elementos são descritos de modo fantástico, e a mudança de narrador é feita de modo tão natural, que passamos a conhecer a visão de todas as personagens rapida e eficazmente.
Mais uma vez fui transportada para outro mundo. Um imaginado, mas que podia perfeitamente existir. Acredito que a magia tenha sido afastada deste mundo à custa da Igreja Católica... e acredito tanto, que quase podia ser verdade!
Marion Zimmer Bradley, é claramente um marco do fantástico, que conta a história do Rei Artur, essa personagem mítica, numa visão nunca antes vista: a visão feminina!
Boas Leituras!
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Já estamos em Julho!
Mal posso esperar!
Até tenho comichão nos dedos, só de pensar!
Etiquetas: Sugestões de Leitura
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