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«As personagens que Tom Perrotta escolheu para este romance são homens e mulheres na faixa dos 30, pais de filhos pequenos, cujas vidas previsíveis os tornam extremamente vulneráveis a qualquer elemento inesperado.
Todos criam os seus filhos na tranquilidade de um típico subúrbio americano de classe média-alta, onde nada parece acontecer - até que um pedófilo recém-libertado da prisão regressa à cidade e espalha uma onda de paranóia pelo bairro.
Escrito com muita sensibilidade e humor negro, Pecados Íntimos expõe o lado inusitado e perigoso de um mundo supostamente familiar. »

Foi recentemente adaptado ao cinema com Kate Winslet, Jennifer Connely e Patrick Wilson nos principais papéis.
(Mas desta vez, ainda não vimos o filme!)

Boas Leituras e Bom Fim-de-Semana!

Fonte: Editora Pergaminho

A Excepção

Depois de ter terminado o Diabo Veste Prada, não posso deixar de achar que o filme é claramente superior.
É um livro sobre moda. Todas aquelas descrições dos sapatos Manolo e das carteiras Prada, parecem excessivas, ao passo que no filme são apenas um complemento da mensagem que se pretende passar.
No entanto, lê-lo é um momento bem passado. Não propriamente um momento de iluminação superior, mas um momento divertido, que nos dá a conhecer um mundo tão diferente daquele a que estamos habituados: o mundo da moda e todo o dinheiro que gira à volta dele.

As personagens principais são tão diferentes que se completam.

Miranda, a chefe que não tolera que as secretárias não estejam dentro da sua cabeça, a adivinhar o que ela está a pensar naquele momento, para satisfazerem os seus pedidos.
Emily, a secretária principal, bajuladora, que serve a chefe incondicionalmente e critica Andreah sempre que pode.
Andreah, recém-licenciada, que conseguiu o trabalho pelo qual “milhares de jovens eram capazes de dar a vida”, e que se vê a executar tarefas tudo menos apropriadas à sua formação, como ir buscar cafés e entregar a roupa da chefe para a lavandaria.

O que me cativou na história, foi a dedicação ao trabalho. Aquela dedicação sem limites, que deixa as pessoas sem vida própria, como se o trabalho não fosse um complemento, mas sim a vida em si. Sendo que, apesar de tudo, ainda há a possibilidade de redenção, quando as pessoas conseguem perceber aquilo que realmente é importante: viver a vida, mesmo que isso implique sacrifícios.

Depois de um começo algo desconfiado agarrei o “Na Corda Bamba” devorei-o rapidamente. A história é cativante e apesar de não ter a quietude e doçura do “chocolate”, tem uma alegria e um envolvimento que delicia e que surpreende.

A personagem principal, Juliette, lembra-me o quotidiano dos nossos dias, com segredos e arrependimentos, amores e medos. É uma pessoa simples, forte, mas ao mesmo tempo doce e que pouco espera da vida, que não seja amar e ser amada.

Este é um livro que conta a história de um amor, tudo diferente do que estamos habituados a ver. Um amor que tem altos e baixos, e que sobrevive a tudo, mesmo ao passar do tempo e das traições.

A descrição da vivência de uma abadia, os mexericos, os pecados, as penitências e as confissões, das mulheres que servem Deus, são deliciosos e evocam tempos idos, onde o uso de ervas e tisanas para curar era pecado e as mulheres que fizessem tal coisa eram condenadas à fogueira.

O único senão que aponto, é a mudança de narrador, que às vezes nos apanha desprevenidos, tão implicados que estamos no evoluir da história.

Pelo ambiente que retrata, pelas personagens e pela redenção de que se preenche, este é um livro que vale a pena ler e que deixa um gosto doce, enquanto pensamos que "Tigres" é que vamos perseguir, antes de chegarmos a um ponto da nossa vida em que nada nos resta senão dormir num abraço cálido e terno nos braços de um grande amor.

Imagem: o Êxtase de Santa Teresa, Giuseppe Bazzani

Afinal, Veste Prada!!!

«Andrea Sachs, acabada de sair da universidade, consegue um emprego fabuloso "pelo qual um milhão de jovens era capaz de dar a vida": é contratada como assistente de Miranda Priestley, a editora da mais famosa revista Runaway. No entanto, como assistente pessoal de Miranda, Andrea vê-se forçada a suportar toda uma série de abusos, realizando tarefas como encomendar-lhe o pequeno-almoço, tratar-lhe da roupa suja, fazer de motorista para a cadelinha buldogue francesa, preparar-lhe viagens...
Resumindo, Andrea tem de estar disponível vinte e quatro horas por dia para atender aos seus pedidos, e, ainda por cima, sempre com um sorriso no rosto! Será que um ano de sacrifício, ao serviço de um "diabo" que veste Prada, não é um preço demasiado alto a pagar pelo emprego da sua vida?!»

Primeiro vimos o filme, e depois decidimos ler o livro de Lauren Weisberger, "O Diabo Veste Prada".
Um livro sobre moda, que deu origem a um filme tudo menos fútil, com interpretações fantásticas, especialmente da grande Meryl Streep, que vestiu o papel de "Diabo da Moda", como se fosse a sua segunda pele!

Vamos confirmar se o livro supera as expectativas do filme!

Boas Leituras!

Fonte: imagem

Siddhartha

«Filho de um brâmane, desde cedo Siddartha se destacou pela sua inteligência, a ponto de familiares e amigos lhe augurarem um futuro brilhante. Ele, no entanto, temendo pela salvação, parte, acompanhado pelo amigo Govinda, entretanto "refugiado junto do sábio Buda", ao encontro da paz espiritual. Neste deambular, cruza-se com a bela Kamala, com quem se "entrega à vida dos sentidos" até ao momento de buscar na cidade a experiência "indispensável à paz" e "unidade do universo".
Um encontro com o barqueiro Vasudeva, há-de, no entanto, de o levar até à floresta, onde, finalmente, apreende "a unidade e harmonia de todas as coisas".»

A próxima leitura da Constelação: Siddhartha, de Hermann Hesse.

Boas Leituras, e Bom Fim-de-Semana!

Os livros das nossas vidas não podem ser sempre de grandes autores clássicos. E não podem ter sempre grandes críticas. Às vezes até têm grandes falhas nos seus argumentos…

Dan Brown é um autor que carrega com ele as maiores críticas, e no entanto, os maiores louvores. Um dos nossos livros favoritos é o “Anjos e Demónios”.

Apesar de algumas falhas no argumento, devido a elementos que parecem fantasiosos (como a queda do helicóptero), o argumento é sólido, e a história consistente.

O que torna este livro, e outros do mesmo autor, interessante, é a junção entre elementos de acção e pura ficção, com elementos reais, que permitem a aprendizagem de conceitos científicos, ou que servem de base para uma investigação mais aprofundada dos mesmos.

Poucos livros conseguem tirar o fôlego. Afinal, quando estamos a ler, não fazemos propriamente desgaste físico. Mas este livro consegue fazê-lo. Tem a capacidade de acelerar o nosso batimento cardíaco e de nos levar a suster a respiração por alguns momentos, só com a vontade de sabermos o que vai acontecer a seguir.

O Filho das Sombras

Foi uma visitante deste espaço que me ofereceu o livro. A Canochinha, fez o favor de me permitir ler um dos seus livros preferidos.
Chegou pelo correio e imediatamente entrou em circulação segundo o já conhecido Método LIFO, pois foi impossível resistir-lhe.

Já tinha adorado a Filha da Floresta, mas este ainda foi capaz de o superar.

Já disse aqui que os melhores livros são aqueles que são capazes de nos fazer reviver o ambiente em que a acção se desenrola. Mas mais do que isso, são aqueles que depois de terminados, nos deixam uma pena imensa de os perdermos, tal é a quietude e alegria que transmitem.
Com este livro foi isso mesmo que se passou. Por um lado queria terminá-lo para saber o desfecho da história, mas por outro queria deixá-lo ali pousadinho, para não o perder, para ficar para sempre submergida naquele lugar perdido do mundo, onde a felicidade e a magia podem ser encontradas.«As Florestas de Sevenwaters lançaram o seu feitiço sobre Liadan, que, tal como a mãe, Sorcha, herdou, além do dom da visão, o talento de curar e penetrar no mundo espiritual. Os espíritos da floresta avisaram Liadan de que deve permanecer, para sempre, em Sevenwaters, se quer que as ilhas sagradas sejam reconquistadas aos Bretões, que as tomaram à força.»

Imagem: Fnac

(Con)Textos IX

«Reconheço que ando um bocadinho a "Leste do Paraíso" (John Steinbeck).

Neste "Mundo Infestado de Demónios" (Carl Sagan), sinto uma "Insustentável Leveza do Ser" (Milan Kundera) que me arrancou da "Idade da Inocência" (Edith Warton).
Não sei se é deste "Orgulho e Preconceito" (Jane Austen) de que me revisto, mas às vezes parece que faço parte daquelas "Almas Cinzentas" (Phillipe Claudel) que caminham pelo mundo "À Espera de um Milagre" (Stephen King)!
Encontro-me "No Fio da Navalha" (W. Somerset Maugham), com "Grandes Esperanças" (Charles Dickens) que um dia possa ultrapassar esta "Era do Vazio" (Gilles Lipovetsky) e encontrar finalmente o "Admirável Mundo Novo" (Aldous Huxley)


Vi no Blog "As Velas Ardem Sempre até ao Fim", um desafio muito engraçado, e de alguma maneira muito apropriado à Constelação!
O objectivo é falar dos últimos 5 livros que foram lidos, bem como dos 5 livros que mais nos marcaram ao longo da vida.

Os últimos livros que li (nada que vocês já não saibam!!!) foram:

- "As Jóias do Sol" de Nora Roberts
- "A Filha da Floresta" de Juliet Marillier
- "As Pontes de Madison County" de Robert James Waller
- "A Sombra do Vento" de Carlos Ruiz Zafón
- "Duplo Crime" de Tess Gerritsen

Quanto aos livros que mais me marcaram. Foram vários e de várias maneiras. Portanto, o modo como os escolhi foi muito simples. Saí do meu quarto ( para não ter hipótese de olhar para a minha prateleira!) e pensei nos livros que li.
Deixo aqui ficar os que mais rapidamente me vieram à memória:

- "Orgulho e Preconceito", de Jane Austen. Porque é uma das histórias de amor mais belas de sempre;
- "O Conde de Monte Cristo", de Alexandre Dumas. Nunca uma história de vingança foi tão bem escrita como esta. O amor, a redenção e o ajuste de contas levados ao seu máximo!
- "A Tragédia da Rua das Flores", do grande Eça de Queirós. Embora tivesse ficado indecisa entre este e o Crime do Padre Amaro, outro livrinho genial!
- "Admirável Mundo Novo" de Aldous Huxley. A visão redutora de uma sociedade que pode perfeitamente existir daqui a uns anos, na qual os homens são criados por condicionamentos, à imagem da função que vão desempenhar. Assustadoramente real!
- "Cosmos" Carl Sagan. Porque foi neste livro que li a frase mais marcante de toda a minha vida: "Existem tantas estrelas no céu, como grãos de areia na terra." Estava na praia e enchi a mão de areia e fiquei a pensar na imensidão do firmamento. Nunca mais me esqueci daquelas palavras.

Sei que eram só 5, mas não posse deixar ainda de referir o "Chocolate" da Joanne Harris, pela quietude que transmite, e a "A Fórmula de Deus" de José Rodrigues dos Santos, porque me deu algo em que acreditar.

Podia escrever muito mais, mas desafios são desafios, e já escrevi mais do que devia!

Deixo ficar aqui a proposta a todos os visitantes. É sempre uma reflexão agradável, os bons momentos que passamos com os livros!

Boas leituras!

Histórias de Amor

«Depois de um casamento falhado e de uma carreira desapontante como professora de Psicologia, a jovem Jude Murray sente-se no limiar de um esgotamento nervoso. Numa fuga deseperada para a frente, decide abandonar Chicago e instalar-se durante alguns meses no chalé abandonado da sua bisavó, na distante e mágica vila de Ardmore, na Irlanda. E cedo se apercebe que a sua vida nunca mais irá ser a mesma. As pessoas, as paisagens e as histórias antigas da Irlanda atraem-na de uma maneira que não consegue compreender. A sua timidez e reserva naturais diluem-se e Jude acredita que finalmente encontrou a paz e, mais importante, que se pode encontrar a si mesma.»

Com as belissimas paisagens e lendas da Irlanda, este é um bom livro para deixar passear o pensamento em busca daquele amor que nem sempre encontramos na vida real.
Com um personagem principal igual a todas nós, com dúvidas, desejos e medos, este é um livro que nos deixa um gosto doce e terno.
A única desvantagem é mesmo a clara presença do tradutor, cuja tendência para usar algumas palavras "abrasileiras" retira alguma beleza a certas passagens. Mas ainda assim, é um momento bem passado, que deixa vontade de ler o resto da Trilogia Irlandesa, da qual este é apenas o primeiro livro.

Boas Leituras!

Fonte: Bertrand

Contágio Perverso

«Deadoc, Deadoc...»
Kay Scarpetta não consegue esquecer o nome do indivíduo que diariamente lhe envia mensagens sinistras por correio electónico. Não podia esquecer também o aspecto atroz dos corpos das vítimas do caso que agora tinha entre mãos. Vítimas desmembradas e decapitadas encontradas em locais tão diversos como Dublin, na Irlanda, e Richmond, na virgínia. Vítimas que têm apenas como denominador comum a forma como foram assassinadas, forma essa que obedece a uma arquitectura patológica, diabólica. Por detrás delas está afinal um psicopata inteligentemente perverso para quem o único gozo é o sofrimento da própria Kay Scarpetta.

Patricia Cornwell, em mais um irresistível volume da colecção Kay Scarpetta.

Fonte: Editorial Presença

Métodos

Desde que pensamos na Constelação que desenhamos um método. Lançariamos os livros a ler, e depois dariamos a nossa opinião.

Tirando algumas pequenas escapadelas ao método, o objectivo tem sido cumprido.
No entanto, a única coisa que não conseguimos fazer foi seguir a ideia de alternar a leitura de um clássico, com um livro mais recente! É impossível resistir ao apelo de um livrinho que acabamos de comprar e que pousou muito recentemente na nossa secretária (deixando ficar todos os outros para segundo plano!)

Depois de meses a pensar que tinhamos um problema qualquer, uma das nossa visitantes, a Canochinha (a especialista nestas àreas da economia e contabilidade) lá explicou o que se passava.
Afinal não temos um problema. Simplesmente seguimos o método LIFO (Last In, First Out).

Pode ser definido como o "método de avaliação contabilistica de existências (os livros!!!) de uma empresa (a Constelação, claro!), considerando-se as primeiras a serem utilizadas na produção (na leitura!!!) são as que deram entrada em armazém em último lugar."

Parace-me que está explicado então!

Fomos à Feira do livro. Entre livros do dia, promoções especiais e um magote de gente, lá conseguimos quase arruinar o saldo!

- Nick Hornby, "Era uma vez um Rapaz"
- Sue Monk Kidd, "A Vida Secreta das Abelhas"
- Lauren Weisberger, "O Diabo Veste Prada"
- Umberto Eco, "O Nome da Rosa"
- Oscar Wilde, "O Retrato de Dorian Gray"
- Jodi Picoult, "O Décimo Círculo"
- F. Scott Fitzgerald, "O Grande Gatsby"
- George D. Shuman, "18 Segundos"

Haja tempo, porque material não nos falta!

Ficamos à espera de saber as vossas compras e sugestões!!!

Boas Leituras!

Na Corda Bamba

«Forçada pelas circunstâncias a procurar refúgio com a sua jovem filha na remota abadia de Saint Marie-de-la-Mer, a actriz Juliette reinventa-se como Sóror Auguste sob a tutela de uma bondosa abadessa. A pouco e pouco, Juliette adapta-se a tão grande mudança: ao colorido das viagens e constantes descobertas da sua vida de actriz seguem-se as novas exigências de uma existência em semi-clausura. Mas os tempos estão a mudar: o assassinato de Henrique IV transforma-se num catalisador para a sublevação em França, e a nomeação de uma nova abadessa, cuja ânsia pela Reforma não conhece limites, rapidamente destrói tudo aquilo que Juliette começara a amar na sua nova vida. Mas o pior está ainda para vir... A nova abadessa, Isabelle, é uma criança de onze anos, vinda de uma família nobre e corrupta, e faz-se acompanhar de um fantasma do passado de Juliette: disfarçado de clérigo, eis um homem que ela tem todas as razões para temer…»


Da autora de Chocolate, "Na Corda Bamba", de Joanne Harris, a próxima leitura da Constelação.

Fonte: Edições ASA

(PS- 100ª postagem na Constelação! Venham mais 100!!!)

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