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«Gabriel aquiesceu. O takfir era um conceito desenvolvido pelos islamitas do Egipto durante a década de setenta do século XX, uma artimanha concebida para dar aos terroristas uma autorização sagrada para matarem quase quem quisessem a fim de atingirem os seus objectivos de impor a sharia e restaurar o califado. O seu alvo principal eram outros muçulmanos. Um lider secular muçulmano que não governasse segundo a sharia podia ser morto pelo takfir com a justificação de se ter afastado do islamismo. O mesmo acontecia com um cidadão de um estado muçulmano secular ou com um muçulmano que residisse numa Democracia ocidental. Para os takfiri, a democracia era uma heresia, pois suplantava as leis de Deus com as leis do homem. Por isso os cidadãos muçulmanos de uma democracia eram apóstatas e podiam ser passados a fio de espada. Fora o conceito de takfir que concedera a Osama Bin Laden o direito de despenhar aviões em prédios ou de rebentar ambaixadas em África, mesmo que muitas das vitimas fossem muçulmanas. E dava aos terroristas sunitas no Iraque o direito de matarem quem quisessem para evitar que a democracia se instalasse em Bagdade.» "O Criado Secreto", Daniel Silva

Na lei Islâmica, takfir é a prática de declarar não-crente (ou Kafir) um individuo ou um grupo previamente considerado muçulmano.
Um exemplo de Takfir conhecido e divulgado internacionalmente é o caso de Salman Rushdie, que foi forçado ao exílio depois do Ayatollah Khomeini lançar sobre ele a fatwa, declarando oficialmente que ele é um Kafir e deve ser executado. (Wikipédia)

Petit Coin à Livres

Porque este é um blog viajado, gostaria de partilhar com vocês um espaço maravilhoso que tive o prazer de encontrar no passado Setembro, em Paris.
Andava a Miss a deambular pelo famoso "Quartier Latin", a apreciar as vistas, as pessoas, as igrejas, e o cheiro a comida étnica que pairava no ar, quando deparou com uma banca cheia de livros em segunda mão. Não sei dizer o nome da rua (honestamente já não me lembro!), mas como indicação certa posso dizer que fica perto da Igreja de Saint Severin, no sentido da Boulevard Saint-Michel.
Claro que como viciada em último grau (e mesmo considerando que estava ali para ver Paris e não para comprar livros!) não resisti a dar uma olhadela, especialmente porque o cartaz indicava o preço de 5€ e entre os livros estavam bastantes títulos em Inglês (porque a Miss não lê em Francês! :D)
O resultado foi uma conversa muito agradável com o dono da pequena livraria, que não era mais senão uma espécie de posto de troca. As pessoas vão lá levar livros que já não precisam, o senhor faz-lhes uma avaliação e oferece às pessoas um vale com o valor que atribui ao livro para comprarem outros naquele estabelecimento. Estes livros usados são posto à venda por um determinado valor, e podem fazer jeito a outros que os compram a um preço mais barato do que o fariam numa outra livraria.
Claro que também vendem livros novos, em todas as linguas e de todos os géneros e feitios. Normalmente os livros usados são arrumados à beira dos novos, e a pessoa escolhe se quer comprar o novo ou o usado a um bom preço.
Resumindo e concluindo, um verdadeiro paraíso!

Tive direito a uma fotografia por cada livro que comprasse... trouxe dois, mas tirei 3 fotos, só para ter a desculpa de lá voltar um dia para saldar a dívida.

Keep Your Brain Alive!

"Keep Your Brain Alive" é um livro pequenininho (e que se lê de um fôlego), que explica em traços gerais como funciona o nosso cérebro e o que podemos fazer para o espevitar. Dito de maneira muito simples: o que fazer para não entregar o nosso cérebro à demência 20 anos antes de morrer!

O cérebro é o órgão mais importante que temos no nosso organismo. Alguns podem dizer que é o coração, outros os pulmões, mas a verdade é que sem cérebro nada disso funciona: o coração não saberia como bater, e os pulmões não saberiam como respirar. Mas o mais engraçado disto tudo é o facto de nem sequer precisarmos de pensar para estas coisas acontecerem! O Cérebro, essa coisa maravilhosa que transportamos todos os dias em cima do pescoço trata desses pormenores todos de modo a que não se tornem mais um problema na nossa vida diária.
Apesar de tudo isto, temos tendência a desleixar o tratamento que lhe damos. E já não estou a fazer referência ao que comemos, ou mesmo quantas horas dormirmos. Viver todos os dias da mesma maneira é a melhor forma de atrasar a evolução do cérebro, e claro, é o passaporte para a demência.

A rotina diária leva à diminuição das conexões cerebrais entre neurónios e portanto, ao esquecimento. Parece complicado, mas não é. Interagir com as coisas faz-nos aprender. Não é invulgar ver uma criança pequena a sentir, revirar, cheirar e até mesmo morder algo para o tentar identificar. Aprender com os vários sentidos disponíveis faz com que essa recordação seja mais duradoura ao longo da vida. No entanto a rotina diária leva a que façamos as coisas sem qualquer imaginação e originalidade o que diminui os caminhos cerebrais que usamos para aprender as coisas. Por exemplo, quando o dia de trabalho acaba, nem sequer pensamos no caminho que fazemos para casa: simplesmente vamos pelo sítio do costume! Nem sequer temos que pensar, e há pessoas que dizem mesmo que o "carro" já sabe o caminho. A verdade é que o cérebro aprende com tudo aquilo com que interage. Se fazemos sempre a mesma coisa, o cérebro deixa de aprender: deixa de usar os vários sentidos para apreciar as árvores, pessoas, buracos, que encontra pelo caminho, porque vê aquilo todos os dias e portanto já não há nada a importante a apreender dali.

Como evitar isto é o mote para este livro.

Mesmo as explicações mais cientificas são descritas de maneira simples e com exemplos que permitem um entendimento perfeito da mensagem que o livro procura passar. Todos os 83 conselhos para exercitar o cérebro são maneiras diferentes de lidar com a vida, aumentando a qualidade da mesma - basta por exemplo escovar os dentes com a mão contrária de quando em vez para provar ao nosso cérebro que ele ainda tem muito a aprender connosco (porque ao trocar a mão, trocamos também o hemisfério cerebral responsável por aquela tarefa, e portanto damos um trabalho dos diabos aos neurónios que normalmente não a fazem!).

Por tudo isto e pelo resto que ficou por dizer, o livro é altamente recomendável - especialmente porque é um livro que foge à rotina!

(PS - só para avisar que ver TV utiliza menos o cérebro do que dormir, portanto ou leiam ou durmam!!!)

A Segunda Vez

«Nicolas Spencer, carismático director de uma empresa, a Gen-Stone, que está a desenvolver uma vacina contra o cancro, desaparece subitamente quando o seu avião particular se despenha.
Os resultados iniciais das experiências com a vacina revelam-se bastante encorajadores, mas surgem entratanto informações que a FDA recusará aprová-lam facto a que logo se seguirá a chocante revelação de que Spencer teria desviado uma considerável soma, incluindo as poupanças de pessoas comuns que tudo tinham arriscado no potencial da Gen-Stone.»

Parti para a leitura deste livro com um espírito aberto. Já tinha ouvido falar muito bem da autora, mas nunca tinha lido nada antes. A ocasião proporcionou-se através de um lançamento da revista do Circulo de Leitores porque o livro faz parte de uma colecção muito original de livros de bolso.
Fui à procura de um policial interessante e a verdade é que li o livro de uma assentada! Apesar de um desfecho demasiado rápido na minha opinião, só tenho louvores a fazer à autora.
A escrita é bastante fluída e as personagens bem proporcionadas. A trama é original e o desfecho, apesar de rápido, é bem construído.
A escritora convenceu-me, e mal posso esperar para receber mais um livro dela, já encomendado no Círculo!
Recomendável para quem gosta do thriller/policial, e que não resiste a uma boa conspiraçãozinha.

Entretanto, Boas Leituras!

Os Órfãos

Terminei a leitura do livro "Os Órfãos do Mal" de Nicolas D'Estienne D'Orves e o único comentário que posso fazer é que este é mais um daqueles conhecidos como "muita parra e pouca uva".
O que me chamou à atenção neste livro foram os aspectos relacionados à Lebensborn, que foi uma organização criada por Heinrich Himmler para apoiar as mulheres dos SS, bem como grávidas sem meios financeiros para levar a termo a gravidez, no sentido de incentivar os nascimentos, especialmente aqueles que cumprissem os requisitos da chamada "raça pura". Presumi que era um livro que iria partir de factos para criar uma história acerca de um qualquer objectivo sinistro da Lebensborn. Isso acontece realmente, mas o caminho que a história segue é completamente estranho, ao ponto de me ter interrogado de que me valeu ler o livro afinal!
O fim da história é claramente um "Piratas das Caraíbas II", em que sabemos que vai haver uma sequela, mas no caso do livro sem qualquer hipótese de uma que não se assemelhe ao "Admirável Mundo Novo meets O Exterminador III - A ascenção das máquinas".
Eu sei isto parece não fazer muito sentido, mas a verdade é que o livro também não faz sentido nenhum!
Lamento sempre dizer mal de livros, primeiro porque se alguém o editou é porque lhe achou algum mérito e segundo porque não sou propriamente especialista na matéria - limito-me a ler e a dar a minha opinião que não tem mais nada a não ser um ponto de comparação entre o que acabei de ler e o que já li até aqui. No entanto, esta é uma história com muito potencial, claramente estragada por um autor com demasiada imaginação e muito má escrita. Lamento dizê-lo, mas a trama não tem ponta por onde se lhe pegue, as personagens são absolutamente mirabolantes e o conjunto vale muito pouco.

A partir daqui, lavo as minhas mãos. Estão por vossa própria conta e risco se decidirem ler o livro.

Este é sem dúvida um dos meus autores favoritos, apesar de um início algo atribulado com "O Confessor".

Já li todos os livros publicados em português da série Gabriel Allon, e a única razão que me impede de encomendar os originais em inglês ainda não traduzidos pela Bertrand é o facto do meu pai também adorar os livros do autor, e não saber ler em inglês!
Daniel Silva é um dos mestres do thriler político, com um modo muito próprio de escrever, começando os seus livros com uma trama muito morna, que começa a complicar-se até ao ponto de já não conseguirmos largar o livro até ao explosivo final. O desfecho é normalmente inevitável mas ainda assim surpreendente, e nunca aborrecido. Arrependo-me agora da cerrada critica que fiz ao "Confessor", porque depois de ler os outros livros compreendo que um "final feliz" (ou "menos dramático") é o mínimo que podemos esperar neste mundo onde a desgraça e a falta de vergonha nos asfixiam. Além disso o comentário acerca do Dan Brown é claramente para esquecer! Chego a perguntar mesmo onde fui buscar tal ideia...
Os seus livros inserem-se na categoria daqueles com os quais aprendemos alguma coisa, especialmente agora com as complicações a que assistimos na Faixa de Gaza e que alertam para os perigos do Médio Oriente. Daniel Silva lança muitas luzes sobre este assunto (Guerra entre palestinianos e Judeus), e apesar dos seus romances não passarem disso, deixam-nos a pensar acerca da ameaça que o Radicalismo Islâmico representa para o mundo, bem como as consequências que o fanatismo religioso tem na actualidade.

Esta é a lista de livros da Série Gabriel Allon, que é um Agente Israelita, que foi o escolhido para liderar o Grupo do Setembro Negro, e que agora tem como trabalho eliminar pessoas que conspirem contra o Governo de Israel:

- O Artista da Morte
- The English Assassin (ainda não traduzido para português até à data)
- O Confessor
- Morte em Viena
- O Príncipe de Fogo
- A Mensageira
- O Criado Secreto
- Moscow Rules (ainda não traduzido para português)

Recomendo vivamente qualquer um dos livros da Série Gabriel Allon e apesar de não os ter lido por ordem (muito por culpa da Bertrand, que publicou os livros sem seguir a ideia original do autor!), aconselho que realmente comecem pelo primeiro (não necessariamente o melhor, mas ainda assim o livro que lança o mote para a série!)

Novo Ano, Vida Nova!

Já passou tanto tempo desde o último post que honestamente já tinha saudades de escrever aqui!

Em primeiro lugar quero desejar um Feliz 2009 a todos que por aqui passam. Tal como iniciar a leitura de um novo livro, o início do ano é sempre um altura de reflexão e recomeço, em que olhamos para o que fizemos e tentamos fazer mais e melhor.
Em segundo lugar, peço desculpa por ter mantido o livro "Eclipse" como post de abertura do blog por meio ano... a verdade é que já me andava a aborrecer, mas estive à procura de inspiração, acabei por me perder pelo caminho, e agora espero voltar com energia renovada!!! ;)

Deixo aqui uma sugestão de leitura para o novo ano, bem como o desejo de um recomeço em força!
«Na Alemanha, em 1995, são descobertos no mesmo dia quatro cadáveres com uma ampola de cianto na boca. Nus e com a mão direita cortada. Apenas uma certeza, os quatro homens nasceram todos em Lebessborn, a organização mais secreta dos nazis... uma clínica onde os nazis faziam experiências para nascerem bebés arianos. Em 2005, uma jovem jornalista francesa é contactada por uma estranha personagem e de súbito vê-se envolvida nos segredos da SS.» Bertrand

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